sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Você sabe como são feitas as pesquisas marinhas?


 
A maior parte do oceano é inacreditavelmente remota, difícil e com alto custo para ser alcançada. O oceano é também uma vasta e interconectada rede, e condições em um local são afetadas por eventos distantes. Para complicar, eventos como tempestades e terremotos - sem mencionar a interação e o movimento de organismos marinhos - acontecem de repente, sendo difícil capturá-los, a menos que você esteja no lugar certo e na hora certa, é claro.

Navios, submarinos, mergulho autônomo e estudos em laboratório e no litoral terão sempre um lugar importante nas ciências marinhas, mas não poderão fornecer informações contínuas sobre grandes áreas dos oceanos, por toda sua profundidade, o que é necessário para se entender como o oceano funciona.Os satélites podem observar vastas áreas do oceano, mas apenas em sua superfície.

Felizmente, várias novas tecnologias estão criando oportunidades para se observar os oceanos de maneiras que poderiam se assemelhar à ficção científica há pouco tempo. No sistema Argo, por exemplo, aproximadamente 3.000 boias automáticas, parecendo um pouco com torpedos ativados em um lado, são distribuídas na maior parte dos oceanos. Cada boia flutua continuamente entre a superfície e a uma profundidade de 2000 m por cerca de 10 dias, medindo sempre a temperatura e a salinidade da água e transmitindo os dados via satélite quando na superfície.
As boias Argo estão fornecendo uma enorme quantidade de novas informações, em especial de área como os mares de inverno ao redor da Antártica, que são difíceis de serem estudados dos navios. Algumas boias Argo são atualmente equipadas com sensores que medem oxigênio, e sensores adicionais estão sendo desenvolvidos, assim, como boias que podem ir ainda mais fundo.







Oceanógrafos também estão colocando cabos de energia no fundo do mar, fornecendo energia e comunicação para um surpreendente conjunto de instrumentos que medem as correntes e as propriedades da água, detectam mínimos tremores no fundo marinho e acompanham atividades biológicas.



As pesquisas sobre a vida marinha como um todo é de extrema importância à biotecnologia e à própria margem de conhecimento sobre a biodiversidade marinha, que cresce de acordo com as informações fornecidas pelas pesquisas. O mar é o lugar mais diverso biologicamente... e também o menos conhecido dos habitats, devido à sua profundeza, de onde se deduz que seja possua a maior biodiversidade de um ecossistema.

Se interessa pelo assunto? Leia mais! Um dos livros publicados esse ano, que abrange bem a ciência marinha, é o "BIOLOGIA MARINHA", de Peter Castro e Michael E. Huber (8a edição).
Recomendamos!


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